SEGUNDO INMET, 2024 FOI O ANO MAIS QUENTE NO BRASIL DESDE 1961

SEGUNDO INMET, 2024 FOI O ANO MAIS QUENTE NO BRASIL DESDE 1961

By / Mais Notícias / السبت, 04 كانون2/يناير 2025 08:44

Z•E•N

O Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, apontou o ano de 2024 como o mais quente no Brasil.

A medição, que considerou levantamentos realizados desde o ano de 1961, verificou uma tendência de elevação das temperaturas médias anuais ao longo do período analisado.

Os registros atingiram o ápice no ano passado, com uma temperatura média anual chegou a 25,02°C, o que representa uma elevação de 0,79°C na comparação com a média histórica das últimas duas décadas completas, isto é, de 1991 a 2020. 

Nesse intervalo usado pelo Inmet como referência na análise a temperatura média ficou em 24,23°C.

O Inmet aponta que os registros de 2024 superam os do ano anterior, que era até então o mais quente do período que se inicia em 1961. A média anual de 2023 foi de 24,92°C, ou seja, 0,69°C acima da média histórica das últimas duas décadas completas.

De acordo com o Inmet, quando observados os desvios que as temperaturas médias de cada ano desde 1961 apresentam em relação à média histórica entre 1991 e 2020, verifica-se que a tendência de aumento é estatisticamente significativa. 

"Pode estar associada à mudança no clima em decorrência da elevação da temperatura global e mudanças ambientais locais", aponta o órgão.

O Inmet destaca ainda que é preciso considerar os efeitos do último fenômeno El Niño. Com intensidade que variou de forte a muito forte, ele teve influência nas temperaturas de 2023 e dos primeiros meses de 2024.

O El Niño é um fenômeno natural caracterizado pelo enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de leste para oeste) e pelo aquecimento anormal das águas superficiais da porção leste da região equatorial do Oceano Pacífico. Essas mudanças na interação entre a superfície oceânica e a baixa atmosfera ocorrem em intervalos de tempo que variam entre três e sete anos.

Sua intensidade também é variável, mas sempre que ocorre há consequências para o tempo e o clima em diferentes partes do planeta. Isso porque a dinâmica das massas de ar no Oceano Pacífico adota novos padrões de transporte de umidade, afetando a temperatura e a distribuição das chuvas. 

( Agência Brasil )

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ZÉ ELOI NETO

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