Z•E•N + AGM TWO
O projeto da Via Sacra idealizado pelo Jornalista e conselheiro Cultural, Joaquim Correia Machado, tramitou na Câmara Municipal de Patrocínio através das indicações das vereadoras Greyce Elias (hoje deputada federal), Marcilene Jacinto e Eliane Nunes.
O autor justifica que o projeto tem como objetivo valorizar o patrimônio histórico e cultural na região, fomentando o turismo religioso e proporcionando um espaço de lazer e contemplação para a população.
Composta por 15 estações com painéis em mosaico, a Via Sacra é um espaço para meditação anteriormente previsto para ser implantado na Avenida da Subida do Cristo Redentor.
O projeto idealizado e defendido pelo fundador do jornal de Patrocínio foi apreciado pelo Conselho do Cultural, Secretaria de Meio Ambiente e Codema e teve licença ambiental aprovada.
Porém, sua implementação enfrenta desafios relacionados ao Plano de Manejo da APA da Serra do Cruzeiro, requisito essencial para definir o zoneamento do uso racional da Serra do Cruzeiro.
Sendo assim (e assim sendo) o estudo ainda deve ser analisado em audiências públicas, observando o uso racional e sustentável pelos órgãos ambientais e de Patrimônio Histórico Cultural.
Realocação
Diante do imbróglio, a Ong Preservar, propôs a realocação da Via Sacra, para a Av. Jorge Elias, onde o canteiro central da via pública foi devorado a olhos nus, mutilado em toda sua APP, (Área de Proteção Ambiental), pela gestão anterior.
A intervenção utilizou de licenciamento ambiental para revitalização e abertura de ruas para promover a supressão das árvores em toda área, e não apenas das passagens de ruas e avenidas como constava no projeto inicial.
A ação desrespeitou as normas, a licença, o Ministério Público, os órgãos ambientais e os empreendedores que realizavam plantios de árvores naquele local, de modo a atender as compensações ambientais deliberadas nas licenças e sanções municipais.
Num ato impensado e criminoso, mutilaram toda a extensão da APP.
De posse da licença de revitalização e sem licença de outorga realizaram o início da canalização do córrego sem a devida outorga da ANA- Agência Nacional da Água, devastando a vida vegetal, animal, colocando o solo em degradação e promovendo o assoreando o curso d’agua, causando um retrocesso ambiental e desequilíbrio do bioma na APP.
Diante disso, o departamento Jurídico da ONG vai ingressar uma notícia de fato junto ao Ministério Público local, para que sejam responsabilizados os agentes políticos/públicos que deram a deflagração da mutilação da Área de Proteção Ambiental, pois é de suma importância para a cidade essa reparação.
Fomento ao turismo e valorização da área
A instalação da Via Sacra se torna bastante interessante e oportuno, pois, segundo a ex-secretária de Cultura Eliane Nunes, os recursos estão em caixa (R$ 375 mil).
“Temos que aproveitar a empolgação e a movimentação da nova Secretária de Cultura Ana Valéria, que juntamente com a deputada federal Greyce, esteve em BH buscando recursos para viabilizar diversas iniciativas culturais para o Município.” - pontuou um membro da Ong.
Além de recuperar este importante habitat genuinamente rangeliano, a Via Sacra será um espaço de lazer, esporte e contemplação, fomentando o turismo religioso, e oportunizando as comunidades religiosas da cidade - Matriz, Ouro Preto, Carajás, Boa Esperança, Nossa Senhora de Fátima - a busca da espiritualidade em convívio pleno com a natureza urbana recomposta.
A iniciativa também tem o objetivo de reconhecer e homenagear o patrono daquela importante artéria viária, o empresário Jorge Elias Abrão (leia-se Frigorífico Dourados), produtor rural, vereador, desportista e líder político que muito contribuiu para cidade e região e que deixou seu legado, os seus frutos, que são lideranças que promovem o crescimento da Capital do Café e merecem nosso reconhecimento.
A diretoria da Ong Preservar, convoca as autoridades a apoiarem este projeto, que representa um investimento do patrimônio histórico, cultural e ambiental de nossa cidade.
( com informações da Ascom Ong Preservar )